terça-feira, 22 de dezembro de 2009

rotinas que nos beijam
Como se tivessem boca.

PARLAMENTO PORTUGUÊS DISCUTE CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO

DIA 8 DE JANEIRO DE 2010

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Os homossexuais e os sismos...

Quem aqui se lembra desta insólita notícia?

No Portugal Diário a 22.02.2008

"Homossexuais responsáveis por sismos
Onda de sismos que atingiu Israel nos últimos meses é culpa de homossexuais, diz deputado
Os homossexuais são responsáveis pela onda de sismos que atingiu Israel nos últimos meses, porque Deus advertiu que não se deve «menear» os genitais indevidamente, disse esta quarta-feira no Knesset (Parlamento) um deputado israelita ortodoxo.
Segundo a edição online do jornal russo Pravda, para justificar a sua teoria o deputado baseou-se no Talmud (livro sagrado da religião judaica).
«O Talmud ensina-nos que uma das causas dos sismos é a homossexualidade que foi legitimada pelo nosso parlamento», disse Shlomo Benizri, um dos 12 deputados do partido Shass.
O Knesset legalizou a homossexualidade em 1988 e nos anos seguintes diversas leis passaram a reconhecer os direitos dos homossexuais.
«Deus disse que sacudiria o mundo para despertar-vos se menearem os vossos genitais onde não tenham que fazê-lo», afirmou Benizri numa comissão parlamentar que estuda medidas para proteger o país dos sismos.
Segundo Benizri, em vez de implementar medidas tardias para combater os movimentos das placas tectónicas, seria necessário «preveni-los, eliminando as causas». No mês passado, outro deputado do Shas, Nissim Ze¿ev, descreveu os gays como «aqueles que destroem o mundo hebreu»."

E agora algo completamente novo:
No dia em que, em Portugal, o conselho de ministros resolve aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, sentimos o maior sismo dos últimos 40 anos.

Sim... Eu sei que é uma coincidência, mas têm de admitir que é muito boa...

«Deus disse que sacudiria o mundo para despertar-vos se menearem os vossos genitais onde não tenham que fazê-lo»

Controlem lá os genitais, porque eu apanhei um susto do caneco!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Governo aprova amanhã casamento homossexual

União entre pessoas do mesmo sexo na agenda do Conselho de Ministros de amanhã. Proposta de lei do Executivo centra-se no essencial em três artigos do Código Civil: o que estabelece que o casamento é entre pessoas de sexo diferente; o que declara a inexistência do casamento entre homossexuais; e o que confere direitos de adopção a pessoas casadas

O casamento entre pessoas do mesmo sexo vai amanhã a Conselho de Ministros. O tema consta da agenda ministerial e o objectivo passa por aprovar desde já a proposta de lei. O que só não sucederá se forem levantadas dúvidas quanto ao articulado proposto.

Ao que o DN apurou, o Governo prepara-se para viabilizar a união entre pessoas do mesmo sexo através da alteração a três artigos do Código Civil. A começar pelo inevitável 1577, que actualmente estabelece que o "casamento é um contrato celebrado entre duas pessoas de sexo diferente que pretendam constituir família mediante uma plena comunhão de vida". Além deste ponto, de onde desaparecerá a expressão "de sexo diferente", deverá ser revogada uma das alíneas do artigo 1628. Este ponto do Código Civil define várias situações em que um casamento é considerado "juridicamente inexistente", sendo que uma delas é precisamente a união "contraída por duas pessoas do mesmo sexo".

O articulado que irá amanhã a Conselho de Ministros deverá também propor alterações ao artigo 1979 do Código. Que, no número um da versão actual, estabelece que "podem adoptar plenamente duas pessoas casadas há mais de quatro anos e não separadas judicialmente de pessoas e bens ou de facto, se ambas tiverem mais de 25 anos".

Com a alteração a esta formulação, o Executivo pretende deixar expresso o impedimento de um casal do mesmo sexo poder adoptar uma criança. O primeiro-ministro, José Sócrates, já deixou claro que o compromisso eleitoral do PS se reporta apenas à legalização do casamento e não à possibilidade de adopção por casais do mesmo sexo.

Com a aprovação em Conselho de Ministros, a proposta de lei que acabará com a interdição ao casamento homossexual dará entrada na Assembleia da República a tempo de ser debatida antes da discussão do Orçamento do Estado, que entrará no Parlamento em meados de Janeiro.

A iniciativa do Governo tem aprovação garantida pelas bancadas à esquerda do hemiciclo. Já a direita promete contrapor à iniciativa do Executivo uma proposta para a criação da união civil registada, uma nova figura legal específica para as uniões homossexuais. Um cenário que já foi admitido pelo líder parlamentar do PSD, José Pedro Aguiar-Branco, mas também pela bancada dos democratas-cristãos, mas que contará com a oposição de socialistas, comunistas, bloquistas, e do PEV.

Recorde-se que estes dois últimos partidos avançaram na última legislatura com projectos de lei para a legalização do casamento homossexual, que foram então chumbados pelo PS, com o argumento de que o partido não tinha apresentado esse compromisso aos eleitores.

Mesmo com aprovação garantida no Parlamento, o diploma do Governo terá ainda de passar pela promulgação do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. Mas, mesmo em caso de eventual veto, os deputados poderão reaprovar o diploma por maioria simples, após o que o Presidente da República terá de aprovar a proposta.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1448562

domingo, 13 de dezembro de 2009

Já que é Natal...

...pedir não custa.

No ano passado queria ESTA, ninguém me deu...
Continuo a não me importar nada que ma ofereçam.
Este ano acrescento mais duas:


Estas e outras, aqui:

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Bichisses

A verdade é que, por muitas camas fofinhas e mantas quentinhas me arranjes, eu hei-de sempre achar mais confortável outro sítio qualquer...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A INVENÇÃO DO AMOR

Em todas as esquinas da cidade
nas paredes dos bares à porta dos edifícios públicos nas janelas dos autocarros
mesmo naquele muro arruinado por entre anúncios de aparelhos de rádio e
detergentes
na vitrine da pequena loja onde não entra ninguém
no átrio da estação de caminhos de ferro que foi o lar da nossa
esperança de fuga
um cartaz denuncia o nosso amor

Em letras enormes do tamanho
do medo da solidão da angústia
um cartaz denuncia que um homem e uma mulher
se encontraram num bar de hotel
numa tarde de chuva
entre zunidos de conversa
e inventaram o amor com carácter de urgência
deixando cair dos ombros o fardo incómodo da monotonia quotidiana

Um homem e uma mulher que tinham olhos e coração
e fome de ternura
e souberam entender-se sem palavras inúteis
Apenas o silêncio A descoberta A estranheza
de um sorriso natural e inesperado

Não saíram de mãos dadas para a humidade diurna
Despediram-se e cada um tomou um rumo diferente
Embora subterraneamente unidos pela invenção conjunta
de um amor subitamente imperativo

Um homem uma mulher um cartaz de denúncia
colado em todas as esquinas da cidade
A rádio já falou A TV anuncia
iminente a captura A policia de costumes avisada
procura os dois amantes nos becos e avenidas
Onde houver uma flor rubra e essencial
é possível que se escondam tremendo a cada batida na porta
fechada para o mundo
É preciso encontrá-los antes que seja tarde
Antes que o exemplo frutifique
Antes que a invenção do amor se processe em cadeia

Há pesadas sanções paras os que auxiliarem os fugitivos

Chamem as tropas aquarteladas na província
convoquem os reservistas os bombeiros os elementos da defesa passiva
Todos
Decrete-se a lei marcial com todas as suas consequências
O perigo justifica-o
Um homem e uma mulher
conheceram-se amaram-se perderam-se no labirinto da cidade
É indispensável encontrá-los dominá-los convencê-los
antes que seja demasiado tarde
e a memória da infância nos jardins escondidos
acorde a tolerância no coração das pessoas

Fechem as escolas
Sobretudo protejam as crianças da contaminação
Uma agência comunica que algures ao sul do rio
um menino pediu uma rosa vermelha
e chorou nervosamente porque lha recusaram
Segundo o director da sua escola é um pequeno triste
Inexplicavelmente dado aos longos silêncios e aos choros sem razão
Aplicado no entanto Respeitador da disciplina
Um caso típico de inadaptação congénita disseram os psicólogos
Ainda bem que se revelou a tempo
Vai ser internado
e submetido a um tratamento especial de recuperação
Mas é possível que haja outros. É absoIutamente vital
que o diagnóstico se faça no período primário da doença
E também que se evite o contágio com o homem e a mulher
de que se fala no cartaz colado em todas as esquinas da cidade

Está em jogo o destino da civilização que construímos
o destino das máquinas das bombas de hidrogénio
das normas de discriminação racial
o futuro da estrutura industrial de que nos orgulhamos
a verdade incontroversa das declarações políticas

Procurem os guardas dos antigos universos concentracionários
precisamos da sua experiência onde quer que se escondam
ao temor do castigo

Que todos estejam a postos
Vigilância é a palavra de ordem
Atenção ao homem e à mulher de que se fala nos cartazes
À mais ligeira dúvida não hesitem denunciem
Telefonem à polícia ao comissariado ao Governo Civil
não precisam de dar o nome e a morada
e garante-se que nenhuma perseguição será movida
nos casos em que a denúncia venha a verificar-se falsa

Organizem em cada bairro em cada rua em cada prédio
comissões de vigilância. Está em jogo a cidade
o país a civilização do ocidente
esse homem e essa mulher têm de ser presos
mesmo que para isso tenhamos de recorrer às medidas mais drásticas

Por decisão governamental estão suspensas as liberdades individuais
a inviolabilidade do domicílio o habeas corpus o sigilo da correspondência
Em qualquer parte da cidade um homem e uma mulher amam-se ilegalmente
espreitam a rua pelo intervalo das persianas
beijam-se soluçam baixo e enfrentam a hostilidade nocturna
É preciso encontrá-los
É indispensável descobri-los
Escutem cuidadosamente a todas as portas antes de bater
É possível que cantem
Mas defendam-se de entender a sua voz
Alguém que os escutou
deixou cair as armas e mergulhou nas mãos o rosto banhado de lágrimas
E quando foi interrogado em Tribunal de Guerra
respondeu que a voz e as palavras o faziam feliz
Lhe lembravam a infância
Campos verdes floridos Água simples correndo A brisa nas montanhas

Foi condenado à morte é evidente
É preciso evitar um mal maior
Mas caminhou cantando para o muro da execução
foi necessário amordaçá-lo e mesmo assim desprendia-se dele
um misterioso halo de uma felicidade incorrupta

Impõe-se sistematizar as buscas Não vale a pena procurá-los
nos campos de futebol no silêncio das igrejas nas boîtes com orquestra privativa
Não estarão nunca aí
Procurem-nos nas ruas suburbanas onde nada acontece
A identificação é fácil
Onde estiverem estará também pousado sobre a porta
um pássaro desconhecido e admirável
ou florirá na soleira a mancha vegetal de uma flor luminosa
Será então aí
Engatilhem as armas invadam a casa disparem à queima roupa
Um tiro no coração de cada um
Vê-los-ão possivelmente dissolver-se no ar Mas estará completo o esconjuro
e podereis voltar alegremente para junto dos filhos da mulher

Mais ai de vós se sentirdes de súbito o desejo de deixar correr o pranto
Quer dizer que fostes contagiados Que estais também perdidos para nós
É preciso nesse caso ter coragem para desfechar na fronte
o tiro indispensável
Não há outra saída A cidade o exige
Se um homem de repente interromper as pesquisas
e perguntar quem é e o que faz ali de armas na mão
já sabeis o que tendes a fazer Matai-o Amigo irmão que seja
matai-o Mesmo que tenha comido à vossa mesa e crescido a vosso lado
matai-o Talvez que ao enquadrá-lo na mira da espingarda
os seus olhos vos fitem com sobre-humana náusea
e deslizem depois numa tristeza líquida
até ao fim da noite Evitai o apelo a prece derradeira
um só golpe mortal misericordioso basta
para impor o silêncio secreto e inviolável

Procurem a mulher e o homem que num bar
de hotel se encontraram numa tarde de chuva
Se tanto for preciso estabeleçam barricadas
senhas salvo-condutos horas de recolher
censura prévia à Imprensa tribunais de excepção
Para bem da cidade do país da cultura
é preciso encontrar o casal fugitivo
que inventou o amor com carácter de urgência

Os jornais da manhã publicam a notícia
de que os viram passar de mãos dadas sorrindo
numa rua serena debruada de acácias
Um velho sem família a testemunha diz
ter sentido de súbito uma estranha paz interior
uma voz desprendendo um cheiro a primavera
o doce bafo quente da adolescência longínqua
No inquérito oficial atónito afirmou
que o homem e a mulher tinham estrelas na fronte
e caminhavam envoltos numa cortina de música
com gestos naturais alheios Crê-se
que a situação vai atingir o climax
e a polícia poderá cumprir o seu dever

Um homem uma mulher um cartaz de denúncia
A voz do locutor definitiva nítida
Manchetes cor de sangue no rosto dos jornais

É PRECISO ENCONTRÁ-LOS ANTES QUE SEJA TARDE

Já não basta o silêncio a espera conivente o medo inexplicado
a vida igual a sempre conversas de negócios
esperanças de emprego contrabando de drogas aluguer de automóveis
Já não basta ficar frente ao copo vazio no café povoado
ou marinheiro em terra a afogar a distância
no corpo sem mistério da prostituta anónima
Algures no labirinto da cidade um homem e uma mulher
amam-se espreitam a rua pelo intervalo das persianas
constroem com urgência um universo do amor
E é preciso encontrá-los E é preciso encontrá-los

Importa perguntar em que rua se escondem
em que lugar oculto permanecem resistem
sonham meses futuros continentes à espera
Em que sombra se apagam em que suave e cúmplice
abrigo fraternal deixam correr o tempo
de sentidos cerrados ao estrépito das armas
Que mãos desconhecidas apertam as suas
no silêncio pressago da cidade inimiga

Onde quer que desfraldem o cântico sereno
rasgam densos limites entre o dia e a noite
E é preciso ir mais longe
destruir para sempre o pecado da infância
erguer muros de prisão em circulos fechados
impor a violência a tirania o ódio

Entretanto das esquinas escorre em letras enormes
a denúncia total do homem e da mulher
que no bar em penumbra numa tarde de chuva
inventaram o amor com carácter de urgência

COMUNICADO GOVERNAMENTAL À IMPRENSA

Por diversas razões sabe-se que não deixaram a cidade
o nosso sistema policial é óptimo estão vigiadas todas as saídas
encerramos o aeroporto patrulhamos os cais
há inspectores disfarçados em todas as gares de caminhos de ferro

É na cidade que é preciso procurá-los
incansavelmente sem desfalecimentos
Uma tarefa para um milhão de habitantes
todos são necessários
todos são necessários
Não sem preocupem com os gastos a Assembleia votou um crédito especial
e o ministro das Finanças
tem já prontas as bases de um novo imposto de Salvação Pública

Depois das seis da tarde é proibido circular
Avisa-se a população de que as forças da ordem
atirarão sem prevenir sobre quem quer que seja
depois daquela hora Esta madrugada por exemplo
uma patrulha da Guarda matou no Cais da Areia
um marinheiro grego que regressava ao seu navio

Quando chegaram junto dele acenou aos soldados
disse qualquer coisa em voz baixa e fechou os olhos e morreu
Tinha trinta anos e uma família à espera numa aldeia do Peloponeso
O cônsul tomou conhecimento da ocorrência e aceitou as desculpas
do Governo pelo engano cometido
Afinal tratava-se apenas de um marinheiro qualquer
Todos compreenderam que não era caso para um protesto diplomático
e depois o homem e a mulher que a policia procura
representam um perigo para nós e para a Grécia
para todos os países do hemisfério ocidental
Valem bem o sacrifício de um marinheiro anónimo
que regressava ao seu navio depois da hora estabelecida
sujo insignificante e porventura bêbado

SEGUE-SE UM PROGRAMA DE MÚSICA DE DANÇA

Divirtam-se atordoem-se mas não esqueçam o homem e a mulher
Escondidos em qualquer parte da cidade
Repete-se é indispensável encontrá-los
Um grupo de cidadãos de relevo ofereceu uma importante recompensa
destinada a quem prestar informações que levem à captura do casal fugitivo
Apela-se para o civismo de todos os habitantes
A questão está posta É preciso resoIvê-la
para que a vida reentre na normalidade habitual
Investigamos nos arquivos Nada consta
Era um homem como qualquer outro
com um emprego de trinta e oito horas semanais
cinema aos sábados à noite
domingos sem programa
e gosto pelos livros de ficção cientifica
Os vizinhos nunca notaram nada de especial
vinha cedo para casa
não tinha televisão,
deitava-se sobre a cama logo após o jantar
e adormecia sem esforço

Não voltou ao emprego o quarto está fechado
deixou em meio as «Crónicas marcianas»
perdeu-se precipitadamente no labirinto da cidade
à saída do hotel numa tarde de chuva
O pouco que se sabe da mulher autoriza-nos a crer
que se trata de uma rapariga até aqui vulgar
Nenhum sinal característico nenhum hábito digno de nota
Gostava de gatos dizem Mas mesmo isso não é certo
Trabalhava numa fábrica de têxteis como secretária da gerência
era bem paga e tinha semana inglesa
passava as férias na Costa da Caparica.

Ninguém lhe conhecia uma aventura
Em quatro anos de emprego só faltou uma vez
quando o pai sofreu um colapso cardíaco
Não pedia empréstimos na Caixa Usava saia e blusa
e um impermeável vermelho no dia em que desapareceu

Esperam por ela em casa: duas cartas de amigas
o último número de uma revista de modas
a boneca espanhola que lhe deram aos sete anos
Ficou provado que não se conheciam
Encontraram-se ocasionalmente num bar de hotel numa tarde de chuva
sorriram inventaram o amor com carácter de urgência
mergulharam cantando no coração da cidade

Importa descobri-los onde quer que se escondam
antes que seja demasiado tarde
e o amor como um rio inunde as alamedas
praças becos calçadas quebrando nas esquinas

Já não podem escapar Foi tudo calculado
com rigores matemáticos Estabeleceu-se o cerco
A policia e o exército estão a postos Prevê-se
para breve a captura do casal fugitivo
(Mas um grito de esperança inconsequente vem
do fundo da noite envolver a cidade
au bout du chagrin une fenêtre ouverte
une fenêtre eclairée)

Daniel Filipe, poeta caboverdiano (1925-1964)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Entrapment

xkcd

O Porco Pasmado

A verdade é que, desde a minha mais tenra infância, não consigo olhar para a Torre de Belém, sem ver um porco pasmado (porca pasmada?).
Para que nunca mais consigam olhar para a dita Torre sem ter a mesma visão que eu, passo a explicar...

A azul..... os olhinhos
A amarelo..... um óbvio nariz de porco
A vermelho.... uma boca pasmada

E agora sem truques:

Bons passeios em Belém...

Daquela Janela Virada Para...

... o gato da vizinha.




quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Mercearias

Está a senhora da mercearia sentadita atrás da máquina registadora com cara de apocalipse, quando entra uma senhora dos seus 50 anos:
-Então que cara é essa?
-Ai! D. Maria, estou tão preocupada... O meu marido sentiu-se mal e foi para o hospital de ambulância. Ele tem andado mal da angina, só espero que não seja um enfarte... Já foi há algum tempo e ainda não me telefonou...
-Se calhar morreu, o meu marido também foi assim para o hospital e não voltou.

Não há nada como um ombro amigo...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pasmem-se...

UGANDA: Estado prepara-se para assassinar gays HIV+

O parlamento do Uganda prepara-se para aprovar legislação que aplica a pena de morte a homossexuais seropositivos.

A Lei Anti-Homossexualidade propõe pena perpétua para actos homossexuais e introduz o crime grave de "homossexualidade agravada". A proposta defende a pena de morte para os que tenham sexo homossexual com menores ou deficientes, ou se for VIH+. A proposta de lei também pune aqueles que não denunciem situações de homossexualidade.
(...)
Aqui

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

...

A animala descobriu recentemente que tem imensa piada enfiar-se dentro da chaminé durante a madrugada e depois berrar de desespero porque não consegue sair...
Ou seja, dormir lá em casa a partir das 5 da manhã é uma tarefa detestável... Morde-me os pés, berra a portas fechadas, enfia-se na chaminé à espera que a vá buscar e, sistematicamente, esvazia-a do seu conteúdo negro para cima do fogão...

domingo, 29 de novembro de 2009

Yes! Tardei...

Descobri ontem que era suposto ter objectivos e planos para a minha vida...
É tarde, já me podias ter dito antes!

Estranha Forma de Vida


Mahmoudis ahmadinejadae

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sarjetas



Perante dias propositadamente levianos, há sarjetas que nos lembram que continuamos a ser demasiado frágeis...

Imbecil?

"Imbecilidade é, em psiquiatria, o grau intermediário da tríade oligofrénica, e os indivíduos portadores de imbecilidade são acompanhados de um certo grau de desenvolvimento intelectual que os permite um mínimo aprendizado.

O imbecil é caracterizado por sujeitar-se facilmente às sugestões, podendo constituir-se em perigo a outrem, por conta disso: se sugestionado para o mal, não têm os freios morais para questionar.

Em geral, não se afeiçoam à vida familiar, mas em contrapartida gostam de animais.

Não possuem condições para a própria subsistência."

Apologia Microscóspica do Desporto...



Imagino que estes núcleos pertençam a células de um desportista... Depois de várias horas sentada numa cadeira a olhar para um microscópio, eis que me lembram de novo que não faço desporto nenhum...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Estranha Forma de Vida

Benedictus XVI

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

No Teu Poema

No teu poema
existe um verso em branco e sem medida,
um corpo que respira, um céu aberto,
janela debruçada para a vida.
No teu poema existe a dor calada lá no fundo,
o passo da coragem em casa escura
e, aberta, uma varanda para o mundo.
Existe a noite,
o riso e a voz refeita à luz do dia,
a festa da Senhora da Agonia
e o cansaço
do corpo que adormece em cama fria.
Existe um rio,
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
No teu poema
existe o grito e o eco da metralha,
a dor que sei de cor mas não recito
e os sonhos inquietos de quem falha.
No teu poema
existe um cantochão alentejano,
a rua e o pregão de uma varina
e um barco assoprado a todo o pano.
Existe um rio
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
No teu poema
existe a esperança acesa atrás do muro,
existe tudo o mais que ainda escapa
e um verso em branco à espera de futuro.

José Luís Tinoco

sábado, 21 de novembro de 2009

Ai...

Dois cabelos brancos, uma ruga na testa e um relógio biológico que se habituou a acordar cedo e me faz despertar às 7:30 da manhã de Sábado...

Preciso de ajuda!!!!!!

sábado, 14 de novembro de 2009

Apanhadas



Sim... É verdade... Estávamos mesmo cansadas....

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

S. João



"Ainda te lembras amor
Como tudo começou?
Se te esqueceste eu nao...
Nosso primeiro beija-beija
Foi atras da Igreja
Num bailarico de Verão..."

:)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Estranha Forma de Vida

"Lua de Saturno pode ter formas de vida

Estudo da Nature reforça a tese de que Enceladus, uma das luas de Saturno, tem condições para o desenvolvimento de vida."
Virgílio Azevedo (http://www.expresso.pt/)


Se calhar tem Cavacus silviae...
Há quem defenda tratar-se de uma forma de vida. Eles lá sabem...




domingo, 11 de outubro de 2009

O que eu mais gosto é...

... de dormir

... e de dormir...

domingo, 27 de setembro de 2009

UI! Já passou assim tanto tempo?


Sim, claro... Eu continuo pálida. A morenaça é a minha mana!

Legislativas 2009


sábado, 26 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ser Benfiquista

As mulheres dão à Luz.
A Luz é o estádio do Benfica.
Logo, as mulheres dão ao estádio do Benfica.

Em Portugal nasce-se Benfiquista, só que depois algumas pessoas estragam-se pelo caminho.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Há uns 23 anos

Lembro-me bem, de com os meus cinco anitos, despejar e espalhar uma embalagem de detergente de lavar a roupa no chão da cozinha, para procurar os Glutões... Sentei-me no chão e espalhei. Não sei se era de Presto, mas eu queria mesmo ver os glutões, aqueles que apareciam no anúncio.
Lembro-me da desilusão por não os encontrar... Fartei-me de procurar, espalhei bem, para ter a certeza que não me escapavam.
Lembro-me da reacção de estupefação da minha mãe, que a seguir se transformou em ralhete.
Lembro-me de lhe explicar o que fazia e que se riu, imenso. Explicou-me que os glutões eram aqueles bocadinhos azuis que quase não conseguíamos ver. Era preciso qualquer coisa potente como um microscópio! Consegui vislumbrar umas coisitas azuis e fiquei mais descansada.. Afinal existiam, eu é que não os conseguia ver! A seguir explicou-me bem que não podia espalhar assim coisas pelo chão como o detergente. Dá imenso trabalho a limpar e perde-se uma boa parte.

sábado, 11 de julho de 2009

Quem é que quer ganhar um...

FUNERAL!

A Rádio Santiago (Guimarães) resolveu fazer um concurso, no mínimo, original!!

Se têm dúvidas quanto à estranheza da coisa espreitem:
"Ganhe um funeral com a Rádio Santiago"

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O panorama aquece

Fim de semana de desidratação...


Roubado no blog do meu mano, Oishii's got mail

domingo, 14 de junho de 2009

quarta-feira, 10 de junho de 2009

MPI- Movimento Pela Igualdade

Para: todas e todos

A igualdade no acesso ao casamento civil é uma questão de justiça que merece o apoio de todas as pessoas que se opõem à homofobia e à discriminação. Partindo da sociedade civil, a luta pelo acesso ao casamento para casais de pessoas do mesmo sexo em Portugal conta neste momento com um crescente apoio político e social. Nós, cidadãos e cidadãs que acreditamos na igualdade de direitos, de dignidade e reconhecimento para todas e todos nós, para as/os nossas/os familiares, amigas/os, e colegas, juntamos as nossas vozes para manifestarmos o nosso apoio à igualdade.

Exigimos esta mudança necessária, justa e urgente porque sabemos que a actual situação de desigualdade fractura a sociedade entre pessoas incluídas e pessoas excluídas, entre pessoas privilegiadas e pessoas marginalizadas; Porque sabemos que esta alteração legal é uma questão de direitos fundamentais e humanos, e de respeito pela dignidade de todas as pessoas; Porque sabemos que é no reconhecimento pleno da vida conjugal e familiar dos casais do mesmo sexo que se joga o respeito colectivo por todas as pessoas, independentemente da orientação sexual, e pelas famílias com mães e pais LGBT, que já são hoje parte da diversidade da nossa sociedade; Porque sabemos que a igualdade no acesso ao casamento civil por casais do mesmo sexo não afectará nem a liberdade religiosa nem o acesso ao casamento civil por parte de casais de sexo diferente; Porque sabemos que a igualdade nada retira a ninguém, mas antes alarga os mesmos direitos a mais pessoas, acrescentando dignidade, respeito, reconhecimento e liberdade.

Em 2009 celebra-se o 40º aniversário da revolta de Stonewall, data simbólica do início do movimento dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros. O movimento LGBT trouxe para as democracias - e como antes o haviam feito os movimentos das mulheres e dos/as negros/as - o imperativo da luta contra a discriminação e, especificamente, do reconhecimento da orientação sexual e da identidade de género como categorias segundo as quais ninguém pode ser privilegiado ou discriminado. Hoje esta luta é de toda a cidadania, de todos e todas nós, homens e mulheres que recusamos o preconceito e que desejamos reparar séculos de repressão, violência, sofrimento e dor. O reconhecimento da plena igualdade foi já assegurado em várias democracias, como os Países Baixos, a Bélgica, o Canadá, a Espanha, a África do Sul, a Noruega, a Suécia e em vários estados dos EUA. Entre nós, temos agora uma oportunidade para pôr fim a uma das últimas discriminações injustificadas inscritas na nossa lei. Cabe-nos garantir que Portugal se coloque na linha da frente da luta pelos direitos fundamentais e pela igualdade. O acesso ao casamento civil por parte de casais do mesmo sexo, em condições de plena igualdade com os casais de sexo diferente, não trará apenas justiça, igualdade e dignidade às vidas de mulheres e de homens LGBT. Dignificará também a nossa democracia e cada um e cada uma de nós enquanto cidadãos e cidadãs solidários/as – e será um passo fundamental na luta contra a discriminação e em direcção à igualdade.

Subscreva aqui esta petição

quinta-feira, 4 de junho de 2009

No baú digital

Este é um mail que já percorreu as nossas caixas de correio há um bom tempo. Acho genial e apeteceu-me relembrar:
A negrito as que acho especialmente interessantes.

"Como mostrar e manter um certo nível de insanidade...

1. Na sua hora de almoço, sente-se no seu carro estacionado, ponha os óculos escuros e aponte um secador de cabelos para os carros que passam. Veja se eles diminuem a velocidade.

2. Sempre que alguém lhe pedir para fazer alguma coisa, pergunte se quer batatas fritas a acompanhar.

3. Encoraje os seus colegas de gabinete a fazerem uma dança de cadeiras sincronizada consigo.

4. Coloque o seu recipiente do lixo sobre a mesa de trabalho e escreva nele, 'Entrada de Documentos'.

5. Desenvolva um estranho medo aos agrafadores.

6. Ponha café descafeinado na máquina de café, durante três semanas. Quando todos tiverem perdido o vício da cafeína, mude para café expresso.

7. No verso de todos os seus cheques, escreva, 'referente a suborno' .

8. Sempre que alguém lhe disser alguma coisa, responda, 'isso é o que tu pensas' ..

9. Termine todas as suas frases com, 'de acordo com a profecia'.

10. Ajuste o brilho do seu monitor para o ní­vel máximo, de forma a iluminar toda a área de trabalho. Insista com os outros de que gosta assim.

11. Não use pontuação nos seus textos.

12. Sempre que possível, salte em vez de andar.

13. Pergunte às pessoas de que sexo são. Ria, histericamente, depois de responderem.

14. Quando for à Ópera, cante com os actores.

15. Vá a um recital de poesia e pergunte por que é que os poemas não rimam.

16. Descubra onde o seu chefe faz compras e compre exactamente as mesmas roupas. Use-as um dia depois do seu chefe as usar. Tem ainda mais impacto se o seu chefe for do sexo oposto.

17. Mande E-mail's para o resto da empresa, dizendo o que está a fazer, em cada momento. Por exemplo: 'Se precisarem de mim, estou na casa de banho'.

18. Coloque um mosquiteiro à volta da sua secretária e ponha um CD com sons da floresta, durante o dia inteiro.

19. Quando sair dinheiro da caixa Multibanco, grite.

20. Ao sair do jardim zoológico, corra na direcção do parque de estacionamento, gritando, 'Salve-se quem puder! Eles estão soltos!'

21. À hora do jantar, anuncie aos seus filhos: 'devido à nossa situação económica, teremos de mandar embora um de vós' .

22. Todas as vezes que vir uma vassoura, grite, 'Amor, a tua mãe chegou!'

A seguir, a última forma de manter um nível saudável de insanidade... e concretizar o s seus objectivos:
23. Mande este texto para todos os seus amigos, MESMO que eles já lhe tenham pedido para não lhes mandar mais porcarias..."

sexta-feira, 29 de maio de 2009

MPI - MOVIMENTO PELA IGUALDADE no acesso ao casamento civil

A apresentação pública do MPI, terá lugar no próximo domingo, dia 31 de Maio, pelas 16h00, no Cinema São Jorge, em Lisboa.

Nesta ocasião será apresentada a lista dos já mais de 700 subscritores iniciais do seu manifesto fundador - entre os quais Alexandra Lencastre, António Avelãs, António Costa, António Marinho Pinto, Boaventura de Sousa Santos, Bruno Nogueira, Carlos Fiolhais, Catarina Furtado, Diogo Infante, Fátima Lopes, Fernando Rosas, Herman José, José Saramago, Julião Sarmento, Miguel Sousa Tavares, Maria de Fátima Bonifácio, Maria Rueff, Maria Velho da Costa, Merche Romero, Odete Santos, Paulo Pires, Pedro Marques Lopes, Piet-Hein Bakker, Ricardo Araújo Pereira, Rui Rangel, Sérgio Godinho, Soraia Chaves, Teresa Beleza, Teresa Guilherme e Vasco Rato -, e terão lugar intervenções de personalidades como Daniel Sampaio, Ana Zanatti e a jurista Isabel Moreira.

É ir lá espreitar o que se passa... e perceber a importância desta luta!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Segunda-feira

...ou "espécie de sabbath no Bairro Alto"


O Rosa da Rua na Rua da Rosa

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

The atheist bus journey

Thanks to you we raised enough money to put ads on 800 buses across the UK, and the campaign has gone global
Ariane Sherine, guardian.co.uk, Tuesday 6 January 2009 12.00 GMT
Ariane Sherine explains where the idea for the Atheist Bus Campaign came from and Polly Toynbee talks to Richard Dawkins about the word 'probably'
Link to the video

Professor Richard Dawkins launches the Atheist Bus Campaign

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Paris, 1973

"Vós que não vos sentis opressores. Vós que beijais como toda a gente. Não é culpa vossa que haja doentes ou criminosos. Nada podeis fazer, dizeis, já que sois tolerantes. A vossa sociedade tratou-nos como um flagelo social para o Estado, como objectos de desprezo para os homens verdadeiros, como sujeitos terroristas para as mães de família. Estas mesmas palavras que servem para nos designar são os vossos piores insultos. Protegeis as vossas filhas e os vossos filhos da nossa presença, como se transportássemos a cólera. Afirmamos aqui que já chega. Que não mais nos chatearão, porque vamos perseguir o vosso racismo contra nós, até mesmo na linguagem. Dizemos mais: não nos contentaremos em nos defendermos. Nós vamos atacar."

Excerto do manifesto de fundação da Frente Homossexual de Acção Revolucionária (FHAR), Paris, 1973

A Reencarnação

Vista pel@s PANTERAS ROSA

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Vuelvo al Sur

Vuelvo al Sur,
como se vuelve siempre al amor,
vuelvo a vos,
con mi deseo, con mi temor.
Llevo el Sur,
como un destino del corazon,
soy del Sur,
como los aires del bandoneon.

Sueño el Sur,
inmensa luna, cielo al reves,
busco el Sur,
el tiempo abierto, y su despues.

Quiero al Sur,
su buena gente, su dignidad,
siento el Sur,
como tu cuerpo en la intimidad.

Te quiero Sur,
Sur, te quiero.

Vuelvo al Sur,
como se vuelve siempre al amor,
vuelvo a vos,
con mi deseo, con mi temor.

Quiero al Sur,
su buena gente, su dignidad,
siento el Sur,
como tu cuerpo en la intimidad.
Vuelvo al Sur,
llevo el Sur,
te quiero Sur,
te quiero Sur...

Música: Astor Piazzolla
Letra: Fernando "Pino" Solanas